fapesp 21- 08

Blocycle esta pronto

 

Após uma década de piloto, plástico blodegradável de cana espera interesse para entrar em escala industrial

 

Há mais de dez anos, a empresa PHB Industrial produz em escala piloto o Biocycle,um plástico biodegradável feito com açúcar de cana. Apesar de dominar a tecnologia para fabricar diversos produtos com o polímero e para tomar seu custo competitivo quando comparado ao do plástico convencional,a empresa ainda não conseguiu elevar sua produção a uma escala industrial.

Para Roberto Nonato, engenheiro de desenvolvimento da PHB Industrial, o caminho mais curto para levar o Biocycle ao mercado  seria uma parceria com a indústria petroquímica. “Temos tentado isso há alguns anos, mas o pessoal do petróleo não costuma conversar com o pessoal do açúcar”, disse durante sua apresentação no workshop “Produção Sustentável de Biopolímeros e Outros Produtos de Base Biológica”, realizado na sede da Fapesp. A história do Biocycle começou no início dos anos 1990, época em, que a Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Ccipersucar) procurava outros produtos que pudessem ser fabricados em uma usina de açúcar que não fossem commodities. Por meio de uma parceria com o Instituto de PesquisasTecnológicas (IPT) e com o Instituto de Ciências Biomédicas (!CB) da ( Universidade de São Paulo (USP), a Copersucar conseguiu produzir o  polihidroxibutirato (PHB) – um polímero da família dos hidroxialcanoatos (pH.A) com características fisicas e mecânicas semelhantes às de resinas sintéticas como o polipropileno  usando apenas açúcar fermentado por bactérias naturais do gênero alcalígeno. Em 1994, uma planta piloto foi instalada na Usina da Pedra, em Ribeirão Preto. Em 2000, foi criada a PHB Industrial e a tecnologia passou a pertencer ao Grupo Pedra Agroindustrial, de Serrana, e ao Grupo Balbo, de Sertãozinho. Com apoio da Fapesp por meio do Programa de’ Pesquisa inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e auxílio de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), a empresa desenvolveu a tecnologia de produção dos pellets – pequenas pastilhas cilíndricas feitas com uma mistura de PHB e fibras naturais -, matéria-prima usada pela indústria transformadora para produzir utensílios de plástico. ”Inicialmente, nos preocupamos apenas em desenvolver o PHB e achávamos que. a indústria transformadora faria:o resto, mas, quando você chega com uma resina nova ao mercado, ninguém sabe corno processar.. Percebemos’ que era preciso ir além”, disse Nonato. A técnica de misturar PHB com fibras vegetais trouxe outra _vantagem: a redução, do custo. Enquanto o quilo do polipropileno custa em tomo de US$ 2, o quilo do PHB sai por volta de US$ 5. “Se você mistura com pó de madeira, por exemplo, barateia o produto e, dá a ele características especiais que podem ser.interessantes”

 

 

Diversas aplicações

 

O PHB é um material duroque pode ser usado na fabricaçãode peças injetadas e tennofonnadas,como tampas de frascos, canetas,brinquedos e potes de alimentosou de cosméticos. Também podeser aplicado na extusão de chapase de fibras para atender a indústriaautomobilística. Serve ainda para aprodução de espumas que substituemo isopor.

“Desenvolvemos diversas aplicações para o polímero em cooperação com outras empresas. A indústria automobilística, por exemplo, nos procurou para testar o PHB e vimos que o polímero eraviável na fabricação de peças para o interior dos carros. Mas, como ainda não temos condições de produzir em escala industrial, não conseguimos entrar no mercado”, disse Nonato. Segundo Nonato, a empresa chegou a ter uma pequena produção industrial de painéis de trator. O produto era mais barato que o equivalente feito com plástico convencional e, ainda assim, o negócio não prosperou,’ “Era urna produção tão pequena para o padrão da indústria, acostumada a comprar centenas de toneladas, que acabaram desistindo por dificuldades operacionais”, disse. Para ampliar a produção, a PHB Industrial teria de aumentar sua planta. Segundo Nonato, isso exigiria um investimento muito superior ao que uma usina de açúcar tem como meta. Seria preciso um parceiro. Também precisaria de ajuda dar suporte aos’ compradores. “E necessário ter uma equipe que vá a campo ensinar qual é a temperarura certa para processar o PHB, o tipo de forma, o tipo de rosca. O mercado é pulverizado e grande parte dele está na Europa. Somente as grandes petroquímicas teriam condições de dar esse suporte”, disse.

 

Europa está na frente ,

 

Enquanto no Brasil o mercado para o PHB é restrito a nichos interessados em fabricar produtos com apelo ecológico a’ um preço mais elevado, na Europa a busca por produtos biodegradáveis e grande, segundo Nonato. “Na Europa, a agricultura hidropônica é forte e a legislação ambiental é rígida. Usa-se muito material biodegradável em estufas”, mcontou. Com o PHB, é possível fabricar braçadeiras para plantas ou tubetes para reflorestamento e depois encaminhar o resíduo plástico nas estações de compostagem, onde ele é rapidamente absorvido pela natureza, Enquanto os plásticos tradicionais levam mais de cem anos para se degradar, os produtos feitos com PHB ‘se decompõem em torno de 12 meses e liberam apenas’ água e dióxido de carbono. Além da agricultura, o material pode ser, usado na fabricação de embalagens para alimentos, cosméticos e outros produtos oleosos que são de difícil reciclagem. “O mercado existe e nosso produto está pronto. O que falta é um canal para chegar ao mercado e um pouco mais de investimento”, disse.

 

Página : F 3 João Pessoa

 

 

“Partícula de Deus” volta a surpreender

 

São Paulo (Folhapress) –

 

partícula de Deus está, ao que parece, do jeito que o diabo gosta: malcomportada. É o que indica uma análise preliminar de dados coletados no LHC, maior acelerador de partículas do mundo. O trabalho, feito por Oscar Éboli, do Instituto de Física da USP, sugere que o chamado bóson de Higgs, que seria responsável por dar massa a tudo o que existe, não está se portando como deveria, a julgar pela teoria que previu sua existência, o Modelo Padrão. Se confirmado, o comportamento anômalo da partícula seria a deixa para uma

nova era da física. A descoberta do possível bóson, anunciada com estardalhaço no mês passado, foi comemorada como a finalização

de uma etapa gloriosa no estudo das partículas fundamentais da matéria. Sua existência, em resumo, explicaria porque o Sol pode produzir sua energia e criaturas como nós podem existir. Dada sua importância para a consistência do Universo (e fazendo uma analogia com a história bíblica da torre de Babel), o

físico ganhador do Nobel Leon Lcderman deu ao bóson o apelido de “partícula de Deus”. Para analisar o bóson de Higgs, é preciso primeiro produzir uma colisão entre prótons em altíssima velocidade  função primordial do LHe. Então, do impacto de alta energia, surgem montes de novas partículas, dentre as quais o Higgs, que rapidamente decai, como se diz. É que, por ser muito instável, O bóson se “decompõe” quando a energia da colisão diminui. Aparecem, no lugar dele, outras partículas. É esse subproduto que pode ser detectado e indicar a existência do bóson de Higgs. Contudo, isso exige a realização de muitos impactos, até que as estatísticas comecem a sugerir a presença do procurado bóson. Os dados coletados até aqui são suficientes para apontar a existência da partícula, mas suas características específicas ainda não puderam ser determinadas. “Estamos ainda num estágio inicial da exploração das propriedades da dela”, diz Éboli. “Contudo, há uma indicação de que o Higgs decaia mais em dois fótons [partículas de luz] do que seria esperado no Modelo Padrão.” Os resultados dessa análise preliminar foram divulgados no Arxiv.org, repositório de estudos de física na internet, e abordados na revista “Pesquisa Fapesp”. presentação da natureza, mas não é a teoria final”, afirma Éboli. “Se de fato for confirmado que o Higgs está decaindo mais que o esperado em dois fótons, isso pode significar que novas partículas podem estar dentro do alcance de descoberta do LHe.” Poderia ser o primeiro vislumbre de um novo “zoológico” de tijolos elementares da matéria. Previa-se que essaspartículas exóticas começassem a aparecer com as energias elevadas do LHe. Tudo muito interessante, mas nada resolvido. “É um trabalho

muito sério, mas eu acho que ainda é muito cedo para se tirar qualquer conclusão se se trata ou não do Higgs padrão”, afirma Sérgio Novacs, pesquisador da Unesp que participa de um dos experimentos que detectaram () bóson de Higgs. “Até o final do ano as coisas estarão um pouco mais claras”, avalia ele.

 

Página : F6 Correio de Paraíba

 

 

 

 

Vereadores repudiam universidade

 

Através de documento, aprovado por unanimidade, Câmara de Epitácio faz denúncia contra a Uniesp

 

 

o diretor-presidente da Uniesp, Fernando Costa, é alvo de uma moção de repúdio aprovada por unanimidade pela Câmara Municipalde Presidente Epitácio.O documento denuncia que a Uniesp está exigindo de alunos bolsistas que se inscrevam no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies),um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas. De acordo com a moção de repúdio, a Faculdade de Presidente Epitácio exige dos bolsistas a inscrição no Fies, sob pena de perder o benefício da gratuidade e serem obrigados a arcar com a mensalidade do curso. Ao Oeste Notícias, o

autor da moção de repúdio, vereador Rosnem dos Santos Lopes (PSDB),explica que no início do ano os vereadores foram procurados por representantes da Uniesp.  A instituição de ensino disponibilizou bolsas de estudo integrais que seriam concedidas para alunos carentes indicados pelos parlamentares. “Na época, disse a eles que não acreditava na promessa.

Até porque, quando da implantação da faculdade, eles prometeram bolsas de estudo integrais e era uma verdadeira guerra a cada seis meses para conseguir a renovação”, aponta. Segundo o vereador, desta vez a Uniesp disponibilizou dez bolsas de estudo para cada vereador, ou seja, cada parlamentar poderia indicar dez alunos carentes para estudar de graça

na faculdade local. “Eu recusei as bolsas de estudo. Mas, a maioria dos vereadores aceitou a proposta. E agora todos nós nos sentimos ludibriados, usados pela Uniesp”. Explica que a Uniesp deve ter contatado com o Banco do Brasil, que por sua vez está convocando os alunos bolsistas para que façam a inscrição no Fies. “Tem aluno bolsista que já entrou na Justiça e conseguiu

 liminar para continuar estudando sem pagar nada na faculdade da Uniesp”, revela o vereador. “O pessoal da Uniesp ‘usou’ a Câmara Municipal e por isso propus essa moção de repúdio contra o senhor Fernando Costa, que foi aprovada por unanimidade”, conclui o vereador do PSDB. Problemas – De acordo com a Federação dos Professores do Estado de São Paulo

(Fepesp), as denúncias e reclamações contra a Uniesp em relação ao Fies são um dos alvos de inquérito aberto no dia 20 de junho deste ano pela Procuradoria da República em São Paulo. No mesmo órgão federal, existem outros dois inquéritos em andamento contra a Uniesp, iniciados entre março

e abril, com denúncias semelhantes. No dia 29 de março deste ano, um movimento que se autodenominou “vítimas da Uniesp” apresentou na Assembléia Legislativa diversos documentos e depoimentos de pais de alunos, professores, ex- -professores, advogados e estudantes. As denúncias versavam sobre falta de repasse ao INSS e ao FGTS;demissões arbitrárias de professores; assédio moral a docentes e funcionários; falta de professores; aulas canceladas; superlotação de salas; irregularidades no processo

de concessão de bolsas de estudos; problemas com o Fies e Prouni; irregularidades no programa Bolsa-Universidade (do governo do Estado) com relação à instituição; atraso constante nos salários; e recontratação com redução de remuneração. Outro lado – O jornal Oeste Notícias contatou a assessoria de imprensa da Uniesp em Presidente Prudente e, por e-mail, encaminhou questionamento sobre a moção de epúdio aprovada pela Câmara

Municipal de Presidente Epitácio, tanto para o setor de comunicação

social da instituição de ensino em Prudente, como em São Paulo. Mas,até o fechamento desta edição nenhuma manifestação da Uniesp foi encaminhada.

 

Maestro Aluízio Pontes é homenageado em Prudente

 

A Câmara Municipal de Presidente Prudente homenageou ontem, o maestro Aluízio Pontes com a Medalha de Mérito Grande Colonizador “Colonizador José Soares Marcondes”. A iniciativa partiu da vereadora Alba Lucena Fernandes Gandia que colocou em votação o Projeto de Decreto Legislativo n? 76/12 que foi apreciado pela maioria dos vereadores. O maestro Aluízio Pontes tem mais de 50 anos de carreira Ele é músico e multi instrumentalista e iniciou

seus estudos aos oito anos de idade. Aos 15 anos, dedicou- se ao estudo de  harmonia, com o objetivo de tornar-se arranjador, e aos 18 já era maestro. Estreou como pianista profissional aos 16 anos, em Presidente Prudente.

No início de década de 1960, mudou-se para São Paulo e logo em seguida organizou e liderou o “Sambalanço Trio”, grupo que obteve grande sucesso no

 período de ascensão da bossa nova. Mais tarde montou o grupo “Orfeu Negro” dedicado à realização de shows e à animação  de bailes. Ao longo de sua carreira, participou como pianista na gravação de discos de grandes nomes da música popular brasileira como Cauby Peixoto, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Wilson Simonal e Cláudia. Em sua discografia como solista, pelo menos três LPs merecem destaque: “Meu Concerto Para Você”,

 

 

Página: Oeste 2 à 4

 

 

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